1. Introdução
O livro de Êxodo, parte integrante da Bíblia Sagrada, é um relato fundamental da história do povo de Israel. Escrito por volta do século XIII a.C., Êxodo narra a libertação dos israelitas da escravidão no Egito e sua jornada em direção à Terra Prometida. No capítulo 2, somos apresentados a eventos cruciais que moldam o caráter e a missão de Moisés, o líder escolhido por D’us para conduzir seu povo à liberdade.
2. O nascimento de Moisés no livro de Êxodo
A opressão dos israelitas no Egito
Antes de adentrar no segundo capítulo de Êxodo, é importante compreender o contexto da opressão que os israelitas enfrentavam no Egito. Após a morte de José, que havia sido um governante respeitado no Egito, os descendentes de Jacó se multiplicaram e se tornaram uma grande nação. O faraó do Egito, preocupado com o crescimento dos israelitas, decidiu escravizá-los e subjugá-los com trabalhos forçados.
A decisão de matar os bebês hebreus
Diante do aumento populacional dos israelitas, o faraó tomou uma medida drástica para conter seu crescimento: ordenou que todos os bebês do sexo masculino hebreus fossem mortos. Essa terrível ordem foi uma tentativa de diminuir a população israelita e manter seu domínio sobre eles. No entanto, foi nesse contexto de adversidade que a história de Moisés começa a se desenrolar.
O plano de Joquebede para salvar Moisés
Joquebede, mãe de Moisés, não estava disposta a permitir que seu filho fosse morto. Ela elaborou um plano arriscado para protegê-lo e dar-lhe uma chance de sobreviver. Joquebede fez uma cesta de juncos, impermeabilizou-a com betume e colocou o bebê Moisés dentro dela. Em seguida, ela depositou a cesta no rio Nilo, confiando em D’us para que seu filho fosse salvo.
A cesta de juncos no rio Nilo
A cesta com o pequeno Moisés acabou flutuando pelo rio Nilo, enquanto a irmã de Moisés, Miriã, ficou de vigia. Coincidentemente, a filha do faraó estava tomando banho no rio e avistou a cesta. Curiosa, ela mandou uma das suas servas buscar o objeto. Ao ver o bebê hebreu, a princesa se compadeceu e decidiu adotá-lo como seu próprio filho.
3. O encontro de Moisés e a filha do faraó
A descoberta de Moisés pela filha do faraó
A filha do faraó, ao descobrir o bebê Moisés na cesta de juncos, foi tomada por um sentimento de compaixão e empatia. Ela reconheceu que aquele era um dos bebês hebreus condenados à morte pelo decreto de seu próprio pai. Sua decisão de adotar Moisés foi um ato de coragem e desobediência às ordens do faraó.
A compaixão da princesa ao ver o bebê hebreu
A atitude compassiva da filha do faraó ao adotar Moisés é um contraste marcante com a opressão que os israelitas sofriam no Egito. Enquanto seu próprio povo era subjugado, ela decidiu desafiar as normas e dar uma nova vida a um bebê que seria condenado à morte. Essa compaixão revela a humanidade presente mesmo nos corações dos opressores.
A contratação de Joquebede como ama de Moisés
Após adotar Moisés como seu filho, a filha do faraó precisava de uma ama de leite para cuidar do bebê. Miriã, a irmã de Moisés, prontamente se ofereceu para encontrar uma ama hebreia. O providencial encontro de Joquebede, mãe de Moisés, com a princesa resultou em Joquebede sendo contratada como ama do próprio filho.
A ironia da situação: criando Moisés no palácio do opressor
A ironia da situação não passa despercebida. Moisés, um bebê hebreu que deveria ter sido morto, agora era criado no palácio do faraó, o líder opressor dos israelitas. Essa inversão de papéis e a presença de Moisés no coração do poder egípcio desempenhariam um papel crucial em sua futura missão de libertar seu povo.
4. Moisés mata o egípcio
Moisés presencia um egípcio maltratando um israelita
Quando Moisés cresceu e se tornou um adulto, ele saiu para conhecer a situação de seus irmãos israelitas. Em uma ocasião, presenciou um egípcio espancando um israelita. A raiva e indignação tomaram conta de Moisés, impulsionando-o a agir em defesa do seu povo.
A raiva de Moisés e sua atitude impulsiva
A raiva de Moisés o levou a agir impulsivamente e matar o egípcio que estava maltratando o israelita. Essa atitude revela uma faceta mais impulsiva e explosiva da personalidade de Moisés. Embora sua intenção tenha sido defender seu irmão israelita, sua ação teve consequências sérias e inesperadas.
O assassinato e suas consequências
Após matar o egípcio, Moisés tentou ocultar o crime enterrando o corpo na areia. No entanto, seu ato foi descoberto, e ele percebeu que sua vida estava em perigo. Tanto os israelitas quanto os egípcios souberam do assassinato, o que levou Moisés a fugir para salvar a própria vida.
Moisés foge para Midiã
Para escapar da ira do faraó e das consequências do assassinato, Moisés fugiu para a terra de Midiã, uma região distante do Egito. Lá, ele encontrou refúgio e uma nova vida. Essa fase de sua vida em Midiã foi essencial para sua formação e preparação para o papel que desempenharia posteriormente na história de Êxodo.
5. Moisés em Midiã
O encontro com as filhas de Jetro
Em Midiã, Moisés chegou a um poço onde encontrou as sete filhas de Jetro, um sacerdote de Midiã. Elas estavam tentando dar água aos rebanhos da família, mas pastores estrangeiros as impediam. Moisés, movido por sua natureza generosa e corajosa, interveio e ajudou as jovens a dar água aos animais.
A ajuda de Moisés e o convite para sua casa
Impressionado com a atitude de Moisés, Jetro, pai das jovens, convidou-o para ir até sua casa. Moisés aceitou o convite e foi recebido com hospitalidade por Jetro. Essa hospitalidade e a oportunidade de uma nova vida em Midiã foram providenciais para o plano divino de preparar Moisés para sua missão de libertação.
Moisés casa-se com Zípora
Durante sua estadia em Midiã, Moisés conheceu Zípora, uma das filhas de Jetro, com quem se casou. Esse casamento foi um ponto importante em sua vida pessoal e também desempenhou um papel significativo na preparação de Moisés para a tarefa que D’us lhe havia designado. Zípora se tornou uma companheira e uma força encorajadora para Moisés.
A vida de Moisés como pastor de ovelhas
Enquanto estava em Midiã, Moisés assumiu o ofício de pastor de ovelhas. Essa ocupação aparentemente simples era parte fundamental do treinamento e amadurecimento de Moisés. A vida no deserto, cuidando das ovelhas, ensinou-lhe paciência, humildade e dependência de D’us. Essas características seriam essenciais para liderar o povo de Israel em sua jornada pelo deserto.
6. Na voz de D’us
O chamado de Moisés através da sarça ardente
Em um momento marcante e extraordinário, Moisés teve um encontro com D’us por meio de uma sarça ardente. Enquanto estava no deserto, D’us se revelou a Moisés por meio dessa maravilhosa manifestação. A sarça ardente era um símbolo do poder divino e do chamado especial que Moisés receberia.
A revelação do nome divino: “Eu Sou o que Sou”
Durante esse encontro divino, D’us revelou a Moisés seu nome: “Eu Sou o que Sou”. Essa revelação é de extrema importância teológica e simboliza a existência eterna, a autoexistência e a fidelidade de D’us. O nome divino transmitiu a Moisés a certeza de que D’us estava presente e seria fiel em seu chamado e em sua missão.
A missão de Moisés de libertar os israelitas
Após o encontro com D’us, Moisés recebeu uma clara missão: libertar os israelitas da escravidão no Egito. D’us instruiu Moisés a confrontar o faraó e exigir a libertação de seu povo. Essa missão seria desafiadora e exigiria coragem, liderança e fé inabalável. Moisés estava sendo preparado ao longo de sua vida para esse momento crucial.
As dúvidas e inseguranças de Moisés
Apesar do chamado divino, Moisés não estava imune a dúvidas e inseguranças. Ele questionou sua própria capacidade de liderar e duvidou de sua habilidade de convencer o faraó a libertar os israelitas. Essas dúvidas e inseguranças são características humanas que tornam a história de Moisés ainda mais real e envolvente.
7. Conclusão
O capítulo 2 do livro de Êxodo é um episódio crucial na vida de Moisés e na narrativa da libertação dos israelitas. Desde seu nascimento até seu encontro com D’us na sarça ardente, cada evento e circunstância moldaram Moisés para a grande missão que ele estava prestes a enfrentar.
Moisés passou por uma série de experiências únicas e inesperadas, desde ser colocado em uma cesta no rio Nilo até ser adotado pela filha do faraó e crescer no palácio real. Sua fuga para Midiã e sua vida como pastor de ovelhas foram etapas importantes de preparação e amadurecimento.
O chamado de D’us através da sarça ardente trouxe clareza e direção para a vida de Moisés. Ele foi chamado a liderar seu povo e libertá-los da opressão egípcia. Apesar das dúvidas e inseguranças, Moisés estava pronto para enfrentar o desafio, confiando na promessa e no poder de D’us.
A história de Moisés é uma história de coragem, fé e obediência. É uma história que nos inspira a confiar em D’us mesmo diante das adversidades. Moisés nos mostra que, com D’us ao nosso lado, podemos enfrentar os maiores desafios e cumprir a missão que Ele nos confiou.
perguntas frequentes
1. Por que o faraó decidiu matar os bebês hebreus?
O faraó decidiu matar os bebês hebreus como uma medida para conter o crescimento da população israelita, que ele via como uma ameaça ao seu poder e domínio sobre o Egito.
2. Como Joquebede salvou Moisés?
Joquebede salvou Moisés elaborando um plano arriscado. Ela colocou o bebê Moisés em uma cesta de juncos impermeabilizada e o colocou no rio Nilo. A cesta acabou sendo encontrada pela filha do faraó, que decidiu adotar Moisés como seu próprio filho.
3. Por que Moisés decidiu matar o egípcio?
Moisés decidiu matar o egípcio após presenciar o maltrato de um israelita por parte do egípcio. Movido pela raiva e indignação, Moisés agiu impulsivamente para defender seu povo.
4. O que significa o nome divino “Eu Sou o que Sou”?
O nome divino “Eu Sou o que Sou” revelado a Moisés representa a existência eterna, a autoexistência e a fidelidade de D’us. É uma expressão que afirma a presença constante e o poder de D’us.
5. Como Moisés foi preparado para sua missão de libertação?
Moisés foi preparado para sua missão de libertação por meio de uma série de experiências e situações ao longo de sua vida. Desde seu nascimento até sua fuga para Midiã, cada evento moldou sua personalidade, habilidades e dependência de D’us, preparando-o para liderar seu povo rumo à liberdade.
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